sábado, 26 de maio de 2012

Loures: Agente da PSP detido por tráfico de droga

«Um agente da Polícia de Segurança Pública e outros dois homens foram detidos em Loures por tráfico de droga durante uma operação que permitiu a apreensão de mais de 1.700 doses de cocaína, revelou hoje a PSP.

Os três arguidos têm idades entre os 22 e os 46 anos e foram detidos na quinta-feira.

De acordo com a PSP, os polícias intercetaram dois homens na posse de droga, no âmbito de uma investigação que durava há vários meses.

Na sequência destas detenções, a polícia deteve um terceiro homem, elemento da PSP, ao encontrar droga na respetiva residência durante a realização de uma busca domiciliária.

No âmbito desta operação, a PSP efetuou outras buscas domiciliárias, a viaturas e a garagens na zona da grande Lisboa, que permitiram a apreensão de 1.729 doses individuais de cocaína e de 44,9 doses de haxixe, além de diverso material para corte, pesagem e acondicionamento da droga.

As autoridades confiscaram também 10.345 euros, três automóveis, dois motociclos, vários telemóveis, uma arma de alarme e 21 munições de diversos calibres.

Depois de ouvidos por um tribunal, dois dos arguidos ficaram em prisão preventiva e o elemento da PSP que tinha droga na sua posse ficou sujeito a apresentações periódicas numa esquadra.

Este polícia, formado no último Curso de Formação de Agentes, foi ainda suspenso das suas funções profissionais e, além do processo-crime, "será alvo de um processo paralelo de índole disciplinar com as consequências daí decorrentes", informou a PSP.

A PSP revelou que "foram ainda constituídos arguidos, no âmbito deste processo, dois outros indivíduos por estarem indiciados pela prática do mesmo tipo de crime".»



in JN online, 26-5-2012

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cascais: 13 elementos da PSP chefiavam rede criminosa


«Cocaína, haxixe e milhares de euros caçados aos traficantes eram divididos em três. Parte ficava à guarda dos processos, as outras entravam nos bolsos dos polícias e davam para pagar a informadores. Por isso, e pelas cobranças difíceis ou segurança ilegal, por exemplo, os 13 agentes, chefes e oficiais da PSP, foram agora acusados pelo DIAP de Lisboa de extorsão, corrupção, tráfico de droga, associação criminosa, coacção ou até tráfico de armas.



- Dois polícias estão em prisão preventiva -



O despacho do procurador-adjunto José Ramos, a que o CM teve acesso, refere que "há mais de seis anos" que os comissários Pedro Grilo e Nuno Ribeiro - o primeiro, que até ao ano passado era comandante do Núcleo de Operações do Comando de Lisboa, substituiu o segundo, em 2006, na chefia da Esquadra de Investigação Criminal de Cascais - com cinco agentes "e outros elementos de fora da PSP, gradualmente e de forma organizada, montaram o esquema para, "na condição de polícias", ganharem dinheiro com o crime.

Apreensões com desvio de droga, diz o Ministério Público na acusação alargada a 17 civis (ver quadros), iam desde Cascais ao resto da área metropolitana de Lisboa, como Queluz, Oeiras ou Costa da Caparica. E, em paralelo, os polícias faziam segurança privada, ilegal, a particulares ou a empresas.

Recebiam também dinheiro, "acedendo a informações de cidadãos para fornecer a outros" - ou extorquindo pessoas, a cobrar dívidas reais ou falsas, com violência ou ameaças. Ofereciam-se a vítimas de crimes para fazer justiça pelas próprias mãos.

Alguns dos 13 polícias foram apanhados há um ano na operação da própria PSP sob a coordenação da Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do DIAP, após meses de investigação, outros ‘caíram' mais tarde e foram já esta semana acusados.»


in CM online, 17-5-2012