terça-feira, 27 de setembro de 2011

Funchal: Intervenção de guarda-nocturno leva PSP a desvendar roubo por esticão


«A Polícia deteve e identificou dois indivíduos por tentativa de assalto a um estabelecimento comercial na Rua do Gorgulho, em São Martinho, ontem, de madrugada, graças à pronta intervenção de um dos guardas nocturnos de serviço nesta cidade.

A detenção destes indivíduos acabou por desvendar, através da viatura que os mesmos se faziam transportar, o roubo por esticão a uma senhora idosa, com violência, sábado, pelas 22 horas, na zona da Assomada, Caniço.

A idosa, de 81 anos, que foi projectada ao chão, foi transportada para o hospital pelos bombeiros após o roubo por esticão de que foi vítima, num assalto protagonizado por dois indivíduos que se faziam transportar numa determinada viatura, de cor preta, sábado à noite, cujo veículo foi agora identificado juntamente com os suspeitos quando foram impedidos por um guarda-nocturno numa tentativa de assalto a um estabelecimento de pizaria.

Nas diligências policiais foi possível recuperar a bolsa que os indivíduos tinham roubado à idosa.

O processo segue os trâmites legais.»


(27-9-2011)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Começa amanhã a "Semana da Indignação dos Polícias"


«Os profissionais das forças e serviços de segurança iniciam na quarta-feira a "Semana da Indignação dos Polícias" para exigir ao Governo que os coloque nas novas tabelas remuneratórias a que legalmente têm direito.

Convocada pela Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, a semana de protesto começa com uma reunião no Porto, onde vai ser feita uma avaliação da actual situação e termina no dia 28, em Lisboa, com uma manifestação ou concentração.

O secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues, disse à agência Lusa que só desistem da semana de protesto se o Ministério da Administração Interna (MAI) garantir que coloca todos os profissionais das forças de segurança na nova tabela remuneratória, que entrou em vigor em Janeiro de 2010.

"Há notícias que o orçamento do MAI vai aumentar no próximo ano. É um sinal positivo, mas em nada garante que os problemas vão ser resolvidos", adiantou Paulo Rodrigues, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP). Até porque, sustentou, se o orçamento não fosse aumentado "tínhamos que fechar as portas à Polícia".

Ao longo da semana, cada estrutura representativa das forças e serviços de segurança vai promover a suas próprias iniciativas de protesto.

A ASPP, o maior sindicato da PSP, desafia os polícias a passarem menos multas e a faltarem ao trabalho de forma legal durante a semana de protesto.

Também a Associação dos Profissionais da Guarda (APG), a estrutura mais representativa da GNR, apelou a todos os militares desta força de segurança para que participem na semana de luta, passando a mensagem que "dentro do quadro legal devem exercer os seus direitos para demonstrar a indignação".

Além da APG e da ASPP, fazem parte da CCP a Associação Sócio-profissional da Polícia Marítima (ASPPM), o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF-SEF) e a Associação Sindical dos Funcionários da ASAE.

Destas estruturas só o sindicato dos investigadores do SEF é que não vai participar nos protestos por estar em negociações com a tutela.

A principal reivindicação está no incumprimento da aplicação das novas tabelas remuneratórias na PSP e na GNR, tendo em conta que há profissionais que já foram colocados nos novos índices remuneratórias em 2010 e outros, a maioria, ainda não transitaram.

Na semana passada, no Parlamento, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse que é "muito reduzida" a margem de manobra para resolver o problema das remunerações que herdou do anterior executivo socialista, tendo em conta o impacto financeiro.

Segundo o ministro, colocar todos os elementos da PSP e da GNR nas novas posições remuneratórias, regularizando assim a situação, teria um custo de mais de 60 milhões de euros.

Dados do MAI indicam que na PSP foram promovidos 1.146 polícias no ano passado, faltando promover 1.858, enquanto na GNR entraram para o novo sistema remuneratório 1.871, tendo ficado de fora 21.402.

Apesar de concordarem com os protestos, os restantes sindicatos da PSP, que não fazem parte da CCP, ainda não decidiram se vão participar nos protestos, aguardando por mais esclarecimentos do MAI. O Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia (SNOP), que congrega quase a totalidade dos comandantes da PSP, disse que "não participará directamente" nos protestos, mas "compreende" a iniciativa.

A Associação Nacional de Oficiais da Guarda também não vai participar na semana de luta.»


in JN online, 20-9-2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Associação Vigilantes de Portugal quer que lei os deixe usar armas


«A Associação Vigilantes de Portugal defendeu hoje uma alteração à legislação para permitir o uso de armas pela segurança privada, considerando que a insegurança junto a estabelecimentos comerciais poderia ser atenuada pela presença de seguranças armados.

Segundo disse à Lusa o presidente da associação, Pedro Nascimento, "é importante que se refaça a lei da Segurança Privada de maneira a que as pessoas se possam precaver" contra a violência. "Se o vigilante não tiver nada com que se proteger também não pode proteger as pessoas. É preciso que o Ministério da Administração Interna (MAI) tenha coragem de alterar as coisas para melhor", afirmou o responsável à agência Lusa. Pedro Nascimento adiantou que a Lei de Segurança Privada permite que os seguranças possam utilizar armas não letais, mas essa possibilidade acaba por não se concretizar porque as empresas privadas não se responsabilizam ao ponto de colocar uma arma nas mãos dos vigilantes.

"O que falha neste momento é as empresas que não dão armas a ninguém porque isso acarreta uma grande responsabilidade. Se formos a Espanha, em certos centros comerciais há sempre dois ou três elementos que estão armados. Cá, não estamos armados nem com gás pimenta ou cassetete", considerou. O presidente da Associação Vigilantes de Portugal defendeu que a presença de vigilantes armados carece de mais formação e seria um importante fator dissuasor da criminalidade.

No domingo uma pessoa foi esfaqueada junto ao Centro Comercial Colombo, em Lisboa, naquele que foi mais um caso de violência junto àquele local. Em nota enviada à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, Sampaio de Mattos, considerou que este foi um caso pontual, adiantando que as grandes superfícies comerciais "são locais de segurança elevada". A agência Lusa contactou a direcção nacional da PSP mas ainda não obteve uma resposta.

Em maio, duas jovens agrediram uma menor de 13 anos nas imediações do mesmo estabelecimento comercial, num ato que foi filmado e colocado no facebook, e do qual resultou a prisão preventiva de três jovens. Em Junho, um tiroteio no Centro Comercial Colombo, no espaço Funcenter, provocou quatro feridos graves, depois de um grupo se ter envolvido em confrontos. Um homem foi detido em maio, junto ao Centro Comercial Colombo, depois de ter agredido a murro um agente da PSP. Em 2008, um segurança de 35 anos foi encontrado morto num corredor de serviço do segundo piso do Colombo, com três golpes de faca no tronco, estando a alegada arma do crime caída ao seu lado. O resultado da autópsia confirmou que se tratou de suicídio.»


in DN online, 05-9-2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Chama-se a isto: solidariedade de Alho xoxo


 «O presidente da Associação Socioprofissional Independente da Guarda (ASPIG), José Alho, demarcou-se hoje do protesto "1 de Setembro! Um Dia Sem Polícias", alegando que incita os agentes a incorrerem num crime.

"Este protesto dá origem a dois crime: a quem pede uma baixa fraudulenta e ao médico que a passa", disse José Alho à agência Lusa.

Em causa está o "1 de setembro! Um Dia Sem Polícias", um protesto divulgado através do Facebook e de SMS que apela aos elementos das forças de segurança que "usem a criatividade" e metam "férias, baixa, assistência à família" para hoje não se apresentarem ao serviço.

"Vamos mostrar a nossa revolta com as injustiças do nosso governo!", lê-se na página do Facebook do protesto.

"Não alinhamos neste protesto. Existem muitos outros métodos de contestação. Este não!", sublinhou José Alho.

Garantiu ainda que a ASPIG "esteve sempre contra" este protesto e que apelou à não participação.

Questionado se a iniciativa estava a ter muita adesão, o sindicalista disse acreditar que "não", apesar de não ter números.

Afirmando que a maioria das pessoas que vai aderir já está de férias ou de baixa, José Alho considera que não vão ter qualquer repercussão porque já não eram esperadas ao serviço.

Este protesto está a ser convocado anonimamente.»


in DN online, 01-9-2011