sábado, 29 de agosto de 2009

Guardas-nocturnos: uma classe à deriva



O MAI diz que somos 400. Portanto, um numero relativamente reduzido para pressionarmos na defesa dos nossos direitos, quando exercemos a actividade ligada a uma área que envolve interesses muito poderosos, como são as empresas de segurança privada.

Como se isso não bastasse, a classe em vez de se unir numa instituição com alguma força, opta por criar "associaçõezinhas", aqui e ali.

Até há pouco tempo a classe era representada na tutela pela Associação Nacional de Guardas-Nocturnos, única até então existente. De repente, e quando a classe é "atacada" com a retirada das armas, há colegas que em vez de estarem disponíveis para unir esforços "a uma só voz", decidiram começar a criar associações e sindicatos. Tudo para satisfazer as suas vaidades pessoais, em vez de servirem a classe com sentido solidário.

Agora até existe uma cabeça "iluminada" que está a criar um Sindicato. Então, mas a classe dos guarda-nocturnos é assalariada para ter um Sindicato? Quando quisermos que os nossos contribuintes nos paguem mais fazemos greve?

Um Sindicato só fará sentido se passarmos a assalariados do Estado e recebermos 500/600 euros mensais. Será essa a intenção da cabeça "brilhante"?

Fernando Rodrigues, actual presidente da direcção da ANGN, não está isento de culpas neste desnorte da classe. Já que gere a Associação mais preocupado com o seu próprio umbigo do que com a classe. Mas, e apesar disso, dá a cara pela classe e, em eleições recentes, foi o único que apresentou uma lista candidata aos órgãos sociais da ANGN. E, quando, há uns anos atrás, foi afastado da direcção, não deixou de pagar quotas na ANGN para criar uma estrutura paralela para enfraquecer a classe.

Moral da história: guardas-nocturnos à deriva, e entregues a umbigos vaidosos.

2 comentários:

  1. Caro colega, falar com desconhecimento de causa, por vezes revela o melhor do ser humano, pois não podemos saber tudo, o que nos leva a explorar novos horizontes.
    V.Exa ataca uma iniciativa unica no País com poderes de negociação superiores ás associações, associações essas que louvamos pelas tentativas de ir mais alem, mas que se encontram limitadas pela legislação, sendo que a finalidade dos sindicatos não é fazer greves.
    Pergunto o que V.Exa já fez pela nossa continuidade, será que contactou o Provedor de Justiça, o Ministério da Administração Interna, a Assembleia da Republica ou mesmo a Direcção Nacional da P.S.P., ou até o seu Director.
    Aconselho a V.Exa a ler o Codigo do Trabalho em vez de divagar.
    Já agora não se esconda atrás de um Nickname, revela algo de si que poderá não ser bom para o reconhecimento da nossa profissão como é nossa pretensão, pois não fica bem e até parece que quer destabilizar, pois vai contra a ideia de algumas dezenas de colegas que se associaram a esta iniciativa.
    Não somos contra a ANGN, até pelo contrário, pois muitos dos pareceres e acordãos que a associação tem no seu poder foram pedidos por alguns membros deste sindicato.
    Um sindicato serve para tentar criar melhores condições de trabaho para os trabalhadores, tendo o Governo que o contactar para fazer alterações á lei habilitante da classe onde está inserido. Pois também não conheço nenhuma força de segurança com entidade patronal, e o nosso objectivo é que seja cumprida a lei e que sejam criadas melhores condições de trabalho.
    A união faz a força, mas para isso tem que haver pessoas que se queiram unir e que não fiquem á espera do que aí vem sem grandes preocupações, pois existem muitas formas de lutas e apoios preciosos, onde nós contamos com o apoio de um Sindicato de Policia de seu nome Sindicato Nacional de Policia-Sinapol, apoio precioso que tem conseguido algumas respostas para as nossa duvidas, e até lhe digo mais, sabia que existem Guardas-Nocturnos desarmados á mais de quatro anos, que houve muitos que nem sequer chegaram a ser armados? O que foi feito para ser reposta a legalidade? Sabia que é do conhecimento da Associação que o que nos aconteceu agora já tinha sido decidido há um ano pelo Director Nacional da P.S.P.? Sabia que bastava uma letra no Dec.Lei 114/2008 para o problema que estamos a ter não ser tão grande? Sabia que em 2006 foi entregue á Associação um parecer do Provedor de justiça que informava que os Guardas-Nocturnos tinham que ser armados conforme o estipulado na Portaria 394/99 de 21 de Maio no seu Artigo 17º ponto 1 e 2?
    Se não sabia fica a saber agora pergunto quem é o iluminado, serão um grupo de profissionais que ficaram fartos de esperar e dicidiram fazer algo inédito, ou quem nada vez e ficou á espera que esta medida do desarmamento abrangesse o territorio nacional, ou mesmo quem pensa da maneira do senhor.
    Agradeço que se quiser deixar este tipo de comentários que o faça por e-mail, pois temos que nos defender de alguns ataques e não queremos lavar aqui roupa suja, pois não é de todo nossa intenção atacar ninguém para defendermos as nossas ideias. Louvo a ANGN por tudo o que fez, posso não ser de acordo com algumas coisas que foram feitas mas não vou criticar, mesmo após ter enviado alguma documentação e que a ANGN não diz aos seus associados quem é que a forneceu, e por achar que se pode ir mais além e por felizmente conhecer muitos Guardas-Noctunos de Norte a Sul do País juntei-me a esta iniciativa.
    Agora que foi esclarecido temos as nossas portas abertas para o receber.
    Carlos Tendeiro

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  2. Parabens pelo blogue que criou, é mais uma tentativa individual de divulgar a nossa actividade, juntando-se a outros inclusivé ao meu que já existe desde 2004, ou seja há 5 anos.

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