sábado, 21 de agosto de 2010

Marinha Grande: Guarda-nocturno baleado e ferido à dentada

Profissional não tinha rádio para pedir socorro. Foi emboscado depois de pedir a condutor para baixar volume de rádio



A noite de quarta-feira corria tranquila a Alexandre Oliveira, um dos guardas-nocturnos da Marinha Grande, quando se apercebe de um carro com o rádio em volume elevado. Na tentativa de devolver a pacatez ao bairro pediu ao condutor do veículo que baixasse o volume. Este acedeu. Mas não gostou de ser interpelado. Alexandre foi alvo de uma emboscada, mordido, atacado e alvejado com a própria pistola. Sozinho, a patrulhar um bairro, o guarda nem sequer dispunha de um rádio para entrar em contacto com as autoridades para pedir socorro.

O guarda-nocturno tinha ido a uma uma área de serviço para "comprar tabaco" quando se deparou com "uma viatura, com três indivíduos no interior, a ouvir rádio com o volume bastante alto", conta ao DN. Eram 03.00 e "como o barulho do rádio incomodava os residentes na zona" Alexandre Oliveira solicitou "ao condutor da viatura que baixasse o som do rádio". Um pedido "bem aceite e acatado, sem qualquer tipo de confronto", adianta. Aviado de cigarros e quando se preparava para sair do carro para "fazer uma ronda apeada", foi surpreendido pelos três indivíduos. Os homens aproximaram-se do guarda-nocturno e, "sem que nada o fizesse prever", atacaram-no. Foi brutalmente "sovado e mordido na cara". Na refrega os três indivíduos conseguiram "tirar a arma e o cassetete" ao guarda. Acto contínuo um dos indivíduos disparou três tiros. "Um atingiu-me, de raspão, no abdómen e os outros dois acertaram na viatura", contou. O trio fugiu. Ferido, Alexandre dirigiu-se à esquadra da PSP na Marinha Grande e relatou o ocorrido.

A PSP viria a localizar o carro dos indivíduos e alertou a PJ, por se tratar de um crime de tentativa de homicídio. A Judiciária deteve os agressores, um com 33 e dois de 29 anos. O guarda-nocturno, que recebeu tratamento hospitalar. Ficou marcado, mas conta retomar "o serviço mal esteja recuperado." Para Alexandre Oliveira foram "ossos do ofício."

in DN online, 20-8-2010

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